Inegavelmente que hoje, dentre outros, bom negocio é ser dono de escola particular, de uma igreja, de um Banco. Lógico que bem administrados (o Silvio Santos que lerdeou).
Estava eu usando o terminal do BB, quando vi nele indicação de numero de conta para doação às vitimas de enchentes. Ninguem discute a necessidade de muitas pessoas que sofreram com efeitos desastrosos das águas, precisam realmente de varios tipos de apoio.
Mas essa "solidariedade" do Banco do Brasil, assim como a de outros bancos ou outras entidades é como morder rapadura com os dentes do outro. Tem sempre um segunda intenção, lógico, tem que ser bom para a instituição. No caso do BB, o ponto positivo, no mínimo, pra ele, é que tenhamos a imagem do "bonzinho", "solidário", aquele que não pensa só nos cifrões.
Seus funcionarios que o digam, mesmo com os lucros semestrais se superando, nunca chega em um mes de setembro, época de reajuste dos bancários, com um índice de aumento já definido e decente, dentro da realidade. É preciso que o pessoal chegue às greves, e depois de alguns meses o Banco melhora a proposta para acordar.
No caso dos alagados, o BB podia fazer um "graça" melhor. Vi na internet que ele tem em torno de 33 milhões de contas corrente. Tem correntistas que são isentos de tarifas mas, a maioria não é. Num mes de 30 dias, uns pagam R$ 12,00, outros mais ou bem mais de R$ 30,00. Podemos então fazer uma média, um pelo outro, cada detentor de conta paga R$ 1,00 por dia. Vamos esquecer os 33 milhões de contas correntes, se considerarmos apenas 10 milhões, são 10 milhões de reais por dia.
Então, o BB não podia doar algumas horas de tarifas arrecadadas?
Bom, e o BBB, o assunto no fundo continua sendo dinheiro. Vamos "tirar o chapéu" pra Rede Globo, o importante é o efeito dominó: baixaria, boa audiência, bons patrocínios e cofre cheio.
Tem razão o escritor cuja cronica eu li, em que critica o Programa e se diz admirado de o apresentador do Big Brother ter concordado em exercer essa função. Mas eu, particularmente, acho que ele não gosta muito mesmo não. Dos poucos pedaços que assisti da "atração", vi seu mau humor com participantes várias vezes.
Dizer que o que vemos na "casa", postura, comportamento, identidade, modo de vida, é a realidade, mas precisamos incentivar isso? Não bastassem as novelas, tudo em nome de uma normalidade, modernidade, audiência e dinheiro.
A verdade também é que o mundo de um autor, produtor, diretor de muitos programas televisos, é outro. Seus conceitos de moral, comportamento, são bem liberais.
Podem dizer: assisti se quiser, desliga ou assisti o Futura. Podemos fazer isso sim, acho que nada nos impede, mas, infelizmente o que é ruim vai continuar passando noutro canal.
Até.